É uma modalidade de atendimento que se desenvolve de modo articulado com as demais políticas públicas, oferecendo proteçăo integral aos assistidos. Para que ocorra o abrigamento é necessário uma solicitaçăo da Diretoria Regional de Assistęncia Social e Poder Judiciário, sendo a criança ou adolescentes avaliados pela equipe técnica da Entidade, verificando se estăo dentro dos padrőes de atendimento, conforme rege o Estatuto Social da Instituiçăo. O abrigo para pequenos grupos caracteriza-se pela năo privaçăo de liberdade proporcionando assim melhores condiçőes para o desenvolvimento integral e o exercício da cidadania das pessoas portadoras de deficięncia, sendo um atendimento provisório que possibilite o retorno ŕ família de origem ou a sua preparaçăo para uma Casa-Lar que é um projeto que visa ŕ independęncia, consolidaçăo da autonomia e responsabilidade de seus moradores. Atualmente a entidade conta com 27 abrigados, sendo que a maior parte năo possui condiçőes de retorno ao convívio familiar, portanto visamos estabelecer uma escala progressiva de desenvolvimento para cada abrigado. Diante do novo paradigma das açőes e atividades voltadas ŕ promoçăo humana e ao desenvolvimento social, o trabalho da entidade e equipe técnica, visa ŕ promoçăo dos assistidos e seu desenvolvimento social. Atualmente o atendimento também é prestado as PPDs com mais de 18 anos, nos graus severo e profundo e com comprometimento psiquiátrico, pois estes assistidos se encontram sem referęncia familiar, cronificados na instituiçăo, vítimas do abandono e ausęncia por um longo período, de um trabalho paralelo com os familiares, o que dificulta ainda mais o desabrigamento. Ao ser solicitado o abrigamento, a criança/adolescente portador de deficięncia, passa por um período de adaptaçăo de aproximadamente 30 a 90 dias, sendo sempre acompanhado pela equipe técnica.
Após este período, havendo ŕ adaptaçăo efetiva-se o abrigamento, sendo a criança ou o adolescente portador de deficięncia, inserido no projeto terapęutico onde a equipe técnica atuará como elemento de ligaçăo com outros níveis hierárquicos de atendimento, tais como: núcleos e/ou centros de reabilitaçăo, atividades lúdicas, escolas, cursos profissionalizantes, projetos de inserçăo no mercado de trabalho, geraçăo de emprego e renda, esporte, lazer e iniciativas culturais.
A família será estimulada a comparecer as visitas e reuniőes na entidade, onde receberăo atendimento, apoio e promoçăo pela equipe técnica, com a finalidade de se reorganizarem, minimizando as causas que levaram ao abrigamento e consequentemente a reintegraçăo familiar.
Após a reintegraçăo daremos continuidade ao trabalho, acompanhando a família em suas dificuldades diante a nova realidade.
O trabalho de maior relevância do Nosso Ninho é o fato de năo apresentar características de Instituiçăo, ou seja, procuramos proporcionar aos nossos abrigados o perfil familiar necessário ao seu reequilíbrio e reestruturaçăo interna, já que todos que nos foram enviados (via autoridade judiciária, conselho tutelar ou instituiçőes diversas), apresentavam um quadro de baixa estima, maus tratos e abandono, o que as levavam a uma inadequaçăo social e familiar, com quadros de agressividade e baixo desenvolvimento. Através da afetividade recebida, atendimentos específicos e a possibilidade de uma vida adaptada ŕ sociedade, sem ficarem restritos a um espaço institucional, apresentaram todos, sem exceçăo, um crescimento pessoal. Hoje, efetivamente, todos tęm no Nosso Ninho um lar, onde recebem AMOR, CARINHO E RESPEITO, e fazem parte de uma sociedade que os acolheu e os respeita.